Mosteiro de monges beneditinos, fundado em 1154, na localidade de Semide. Passou a convento de freiras para receber as descendentes de Martim Anaia, o fundador.
Do que resta, a parte mais antiga é o claustro do séc. XVI, cerca de 1540. O incêndio de 1664 devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em 1697.
A ala poente foi queimada por um grande incêndio, em 1964.
A parte do Claustro Velho, a casa do Capítulo e a Sacristia foi também recentemente destruída por um incêndio de grandes proporções em 16 de Agosto de 1990.
De todo o conjunto salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do século XVII, azulejos policromáticos do séc. XVIII, esculturas dos séc. 17 e 18 e altar-mor também do século 17. O órgão da Segunda metade do séc. 18.
Em Setembro de 2000 foi descoberta a fornalha d um primitivo fogão durante as obras efectuadas no refeitório do Convento, supervisionadas pela direcção-geral dos Edifícios e Monumentos.
Trata-se de uma fornalha embutida no solo da antiga cantina, na qual a combustão se processaria através de um túnel construído em tijoleira que também foi posto a descoberto.
Este achado está preservado, servindo de testemunho da época de construção daquela parte do edifício que remota aos séc. 17 e 18.
Encerrado na altura da extinção das ordens religiosas, aí foi instalada uma escola Profissional de Agricultura, sob a égide da então Junta Distrital, por iniciativa do Dr. Bissaia Barreto.
Devido ás condições acústicas do local tem-se realizado anualmente o ENCONTRO DE COROS na Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Semide que tem contado com coros nacionais como também internacionais.